O cão de hoje é, tanto intencional como acidentalmente, uma invenção nossa. É também um dos mais prolíficos predadores que vivem ou viveram em terra, superando em muito o número dos ancestrais lobos. O cão é uma história de sucesso de várias formas, devido à sua habilidade de se adaptar ao ambiente humano em constante mudança.
CÃES - ANTES E AGORA
O ancestral do cão, o lobo asiático, escolheu viver próximo aos humanos. A proximidade evoluiu para uma relação íntima – iniciada há quase 15 mil anos, conforme registros arqueológicos. De fato, ao pisarem pela primeira vez na América do Norte, os homens trouxeram seus cães. Hoje, novos dados genéticos sugerem que a migração ocorreu há 20 mil anos. Nossa relação com o cão é ainda mais antiga do que pensávamos.
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Uma das raças mais antigas, husky siberiano, foi históricamente usada como animal de tração em tribos chukchis, em regiões árticas. |
Enquanto várias raças, como o husky siberiano, chow chow, shar pei, akita japonês, shiba inu e pequinês, são mesmo antigas, geneticamente próximas ao lobo asiático, a grande maioria das mais de 400 raças existentes no mundo foi “criada” por nós nos últimos 200 a 300 anos. Com o cruzamento seletivo, otimizamos tanto o tamanho e a aparência do cão como a sua habilidade de caça, pastoreio, guarda e defesa. Não importa que papel lhes atribuímos, os cães nunca falham em esbanjar uma qualidade que poucos animais tem: companheirismo.
Estimam-se cerca de 140 milhões de cães de estimação apenas na Europa e América do Norte. Se o número destes no mundo inteiro é um indicador, a posição dos cães no centro de nossas vidas é certa, independentemente da origem dessa parceria que vem evoluído há milênios.
Imagem da tapeçaria Bayeux, que registra a conquista normanda da Inglaterra por Guilherme o Conquistador, em 1066. Repleta de figuras de animais, a peça retrata 35 cães de caça.
Dr. Bruce Fogle, Cães. Editora ZAHAR. 2 º edição. P. 15.
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